As descobertas e lembranças que se enxergam atrás de uma pequena e despretensiosa foto.
Os
jardins lá em nossa casa estendiam-se quase que por todo o terreno. Mas o que
vemos aqui é o que ficava defronte a casa.
Muitos
canteiros com variegadas flores.
Aos
fundos, onde se nota uma extensa faixa branca, era um extenso gramado verdinho
que servia de corador de roupas brancas. São elas, as toalhas e os lençóis, lá
estendidos.
Vejo
também na foto o arame onde as roupas eram colocadas para secar ao sol e ao
vento. Era um grosso arame, ancorado por forte e comprida ripa. Estendia-se
desde a frente da casa até um grande cedro que ficava rente à cerca que
margeava com a rua.
A
divisa com nossos vizinhos, Seu Emílio e Dona Cecy Olsen era demarcada por uma
cerca verde composta por cedrinhos, milimetricamente podados.
Em
uma tarde qualquer de um dia primaveril, nossas professoras da Escola Pública
Estadual de nossa vila, Aline Tereza Dittrich (Scholze) e Jusselina de Paula e
Silva (Nunes) levaram-nos até este recanto encantado. Cobrimo-nos de flores, de
fitas e sorrisos.
É
quase certo que minha mãe, dona Nena, nos tivesse oferecido um belo café com
cuque coberto com banana e farofa e recheado com passas, que era uma das
especialidades culinárias dela. E claro, não poderiam faltar os saborosos
pastéis da dona Nena também.
Não
me lembro de nada em especial daquele dia... apenas nesta foto eu o vejo como
se fosse hoje, como se a primavera já estivesse em seu bojo, como se já
cobertas de flores nós já estivéssemos.
Escrito por Adaír Dittrich
Nesta foto estão, as então meninas, Aline, Elsbeh, Jusselina, Elvira, Adair, entre outras. Ano de 1942 ou 43. |
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