terça-feira, 30 de outubro de 2012

O contador de histórias

Se perguntarem por Moritz Voigt aqui em Marcílio, ninguém sabe dizer quem é. Agora, se peguntarem por Maurício, esse sim, todo mundo conhece e sabe da facilidade com que conta histórias. Na verdade seu Maurício está registrado como Moritz. Filho de descendentes de alemães, nasceu em 25 de julho de 1936. Começou a trabalhar com 15 anos na Firma Wiegando Olsen. Naquela época o grande divertimento de Marcílio, nos domingos era ir na estação no horário do trem. No trem viajavam muitas pessoas, artistas, cantores de bandas, dava pra marcar encontros ou conhecer muita gente na estação. Seu Maurício conta que pra ir pra Canoinhas ou ia a pé, a cavalo, de carroça ou com a Maria-fumaça. Na Firma Wiegando Olsen trabalhou muitos anos, alguns deles no mato, como diziam. Ficavam a semana inteira, ou até mais, morando em barracas, fazendo a própria comida. As toras eram cortadas manualmente e transportadas em caminhões. Trabalhando nesta empresa aqui na vila conheceu dona Lucília Felício com quem se casou em 1961 e teve sete filhos. Seu Maurício, é um homem com muito conhecimento e sabe contar histórias. É um homem de muitas palavras, como diz a reportagem do Jornal Correio do Norte de 2007. E é mesmo, muitas, sábias e valiosas palavras.

Maurício e Lucília.


Com a mãe chamada Toni comemorando 25 anos de casado.

Dona Lucília com Regina Casé, anos 90.

Família em frente a casa na rua Elza Baukat.
Primeira comunhão da Silvana.


Primeira Comunhão do filho do seu Maurício Hélio, anos 80.


Eneida e Silmara. Rua Elza Baukat, 1985.

Dona Lucília e o pessoal da 3ª Idade-OASE.


Trabalhadores da Firma Wiegando Olsen, trabalhando no "mato".

Desfile cívico da Escola Prof. Manoel da Silva Quadros no Estádio
Wiegando Olsen. Anos 80.

Trabalhadores da Firma Wiegando Olsen em comemoração do cinquentenário
da empresa.

Interior da igreja Luterana. Confirmação da filha Iraci, década de 70.

Ingrit Ramthum, Valdivina Bueno e Lucília Alves.

Pessoal assistindo teatro no salão do Coringa.

Casamento de Maurício e Lucília com:
Édila, Arno Voigt, Álvaro Noemberg, Carmem Voigt.
5-8-1961

..., Ita, Lídia Alegri, Eulália, Djanira, Julieta Druski.
Sentadas: Zilda Krauss, Lucília e Iracema Kersten.



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

02 - MARCILIO DIAS - TERRA DOS ÍNDIOS


 

A história de Marcílio Dias é parte integrante da região norte de Santa Catarina iniciando-se bem antes da fundação da cidade de Canoinhas.

            O Distrito esta localizado às margens do Rio Canoinhas, próximo à desembocadura deste no rio Negro. Esse rio era conhecido e utilizado pelos primeiros exploradores do Brasil Meridional, que singravam suas águas como caminho natural para a penetração ao interior. Muito antes da presença do homem branco por estas paragens, diferentes grupos indígenas ocuparam a região.

            O grupo mais antigo, e que deixou vestígios, é o dos índios Guarani, que ocuparam o planalto catarinense e sul do Paraná na época da conquista portuguesa. Foram descritos por D. Alvar Nunes Cabeça de Vaca, que cruzou o planalto catarinense e paranaense, em 1541, quando percorreu por terra o caminho de Barra Velha a Assunção no Paraguai.

            Os índios não tinham residência fixa, eram nômades e viviam da caça e da pesca, mais da caça que da pesca, às margens dos rios, Canoinhas, Negro e Iguaçu. Construíram suas residências, às margens desses rios e, provavelmente, também em território de Marcílio Dias.

A exuberância da floresta, rica em imbuia, pinheiro, gabiroba e outras variedades, facilitaram o desenvolvimento de uma diversificada fauna, tornando a região especial para a caça de capivaras, lontras, tatus, veados, antas, pacas, cutias e pássaros como jacu, inambu, codorna e perdiz, esta ave muito abundante nos campos que margeiam esses rios. Por esses condicionantes, aliado a fertilidade do solo e a abundância de água potável, certamente teriam atraído os índios para periodicamente habitarem a região.

            Mas os índios Guaranis foram vítimas da política dos brancos estrangeiros. Com a criação das Missões, os padres jesuítas espanhóis atraíram os índios, para formar Ciudad Real e Villa Rica, nas proximidades de Foz do Iguaçu, no Paraná.

Por volta de 1650 já quase não havia mais Guarani na região de Marcilio Dias. A área foi então dominada por índios do grupo Gê, os Xokleng e Kaigang, que ocupam os antigos domínios dos Guaranis. Esses novos índios migraram da região de São Paulo, onde já estavam sofrendo o processo de desapropriação de suas terras pelos caboclos, descendentes de portugueses e índios, que aos poucos estavam colonizando a região próxima ao planalto de Piratininga. Em busca de novas áreas para a sua sobrevivência, ocupam a região mais ao Sul do Brasil.

Os Kaigang localizam-se mais ao oeste de Santa Catarina, ocupando ainda o sudoeste do Paraná e Noroeste do Rio Grande do Sul, fixando-se nas áreas periféricas aos campos. 

            Os Xokleng instalaram acampamentos em vários locais e ocuparam as áreas compreendidas entre as escarpas da Serra do Mar, desde Porto Alegre até Curitiba, e na Região do Contestado, segundo Thomé, (1981, p.26), “dominando parte dos extensos pinhais a leste do Rio do Peixe, em Caçador, Lages, Curitibanos, Santa Cecília, Canoinhas, onde faziam a coleta do pinhão”.

            Os últimos índios a ocuparem a região de Canoinhas foram os Xokleng e à medida que o homem branco avançava em busca da grande riqueza, a erva-mate e de novas áreas de colonização, o território indígena foi ficando cada vez mais reduzido.

            Marcilio Dias foi uma das últimas áreas abandonadas pelos Xokleng. Em 1868 foi feita uma tentativa de agrupá-los na Missão de São Tomas de Papanduva, que mais tarde veio a se constituir em território de Canoinhas, mas a missão redundou em fracasso, pois os índios cansados de serem espoliados, não se sujeitaram a pacificação e embrenham-se nas matas onde o branco ainda não tinha chegado. Localizaram-se mais a oeste, no interior dos atuais municípios de São Bento do Sul, Rio Negrinho, Itaiópolis e à medida que os colonos europeus iam se fixando, oferecem pequena resistência, mas logo são caçados como animais selvagens pelos bugreiros, (1) sertanejos e imigrantes, contratados pelo governo e companhias de colonização, para exterminarem os bugres, (2) e limpar a área para que imigrante pudesse se fixar na área com segurança. À medida que iam sendo acossados pelos brancos no planalto, iam descendo para as encostas da Serra do Mar e  Vale do Itajaí, onde para sobreviver tiveram que guerrear contra os brancos. Mas essa aventura pela sobrevivência de seu povo teve um custo extremamente alto, a quase extinção do Xokleng, fato este que se constituiu em uma página triste na história da colonização de Santa Catarina.

           

Do índio Xokleng que habitava a região de Marcilio Dias, ainda há sobrevivente e  é importante lembrar que esses índios segundo Thomé, (1981, p.26),  “Antes habituados à total liberdade, partiram para luta em defesa de suas famílias, de suas tradições, de seu “habitat”, e aí começou seu extermínio.”

Os remanescentes dessa luta desigual, da arma de fogo contra a flecha, foram agrupados na reserva indígena Duque de Caxias, da FUNAI, localizada em parte dos municípios de  José Boiteux, Ibirama, Itaiópolis, Santa Terezinha.

Na visão do homem branco, esses índios eram considerados preguiçosos, não tinham patrão e nem espírito mercantilista ou capitalista. A sua necessidade maior era a sobrevivência, e por isso eram destemidos na luta em defesa de seu território e de sua família. 

          Por usarem um enfeite de madeira nos lábios, o botoque, esses índios ficaram conhecidos como botocudos. Esse enfeite era usado apenas pelos homens, e hoje ainda existem tribos no Brasil que o utilizam.

(1)   Para afugentar os índios para longe das áreas de colonização por imigrantes europeus e do caminho das tropas que ligavam o Sul do Brasil com São Paulo, o governo criou a Companhia de Pedestres e o batalhão de batedores. O insucesso desses grupos propiciou a criação de bandos de bugreiros, caboclos e imigrantes que se embrenhavam na mata para trucidar os índios.

(2)   Os índios Xokleng eram conhecidos também como bugres e botocudos
 
Texto de Antonio Dias Mafra Coordenador e Professor do Curso de História-Unc Mafra

ACONTECEU

Reunião Itinerante da Câmara de Vereadores faz referência ao centenário da Guerra do Contestado

Sex, 26 de Outubro de 2012 10:33
A Universidade do Contestado recebeu na terça-feira, 23, no Auditório do campus de Mafra, o Poder Legislativo do município, para sua reunião ordinária, alusiva as Comemorações do Centenário do Contestado.
Nesta reunião da Câmara de Vereadores foram entregues homenagens para pessoas que são referência na questão do Contestado para nossa região:

- O professor Antonio Dias Mafra, docente da UnC, foi homenageado por seus trabalhos que resgatam a História do Contestado, como sua dissertação de mestrado, "A conteceu nos Ervais - A disputa territorial entre Paraná e Santa Catarina pela exploração da erva-mate - região sul do vale do Rio Negro. Projeto de Pesquisa intitulado “Os Caminhos Históricos da Base Econômica da Região de Canoinhas”, além de artigo completo “A Educação Escolar durante a safra da erva-mate".
Professor Antonio Dias Mafra

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Família Gonçalves

Casal Vicente e Caetana Gonçalves.
O Buca é o primeiro à direita.
 
À esquerda, em pé José Vicente Gonçalves (Buca) e dona Olívia com o Valdir no colo.
Em seguida, Zefried, Herbert e Conrado Jarschel, Ruth e Rubens.
Menino à esquerda Edinor, Valfrido e Lisa no colo.
Casais Paulo e Emília Jarschel e Carlos e Emília Grott.

Pátio da Firma Wiegando Olsen.
Década de 50 ou 60.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Imagens do dia

Voluntárias da APPAE aguardando o ônibus para visitarem Itaiópolis.

Estação hoje cedinho.

Igreja Luterana ao nascer do sol.

Igreja Católica.

Canarinho do peito amarelo

Canarinho que ia todos os dia com sua fêmea no Mercado Casimiro comer quirera.
Faz algum tempo que o casal não apareceu mais. É possivel que alguém tenha prendido
os mesmos. Passarinhos foram criados para viverem livres na natureza.
Nesta foto ele está em frente ao mercado.

Aqui ele no muro.
Quando o Rogério demorava pra levantar de manhã, eles iam até a janela
acordá-lo.

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante. Albert Schwweitzer (Nobel da Paz - 1952)"

domingo, 21 de outubro de 2012

Festa na Igreja Luterana

Altar da igreja.


A igreja passou por uma reforma recentemente.

 

Novos Guris, animaram a festa.



A criançada se divertiu com a casinha do porquinho da índia.
 


Criançada na fila da pescaria.


Pessoal da cozinha.


Pessoal assistindo o show dos Novos Guris.


O rei, a rainha ,as  princesas e o príncipe da festa.
Parabéns a estas crianças e a seus pais que colaboraram com esse evento.
 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Hospital Veterinário da UnC em Marcílio Dias

Simone Ballão Taques Wendt
Médica Veterinária com Mestrado em Ciências Veterinárias concluido na Universidade Federal do Paraná.
Atualmente exercendo cargo de Direção do Hospital Veterinário da UnC
Professora das disciplinas de Citologia Veterinária, Histologia Veterinária, Embriologia Veterinária, Saúde Pública Veterinária no curso de Medicina Veterinária da UnC.
Atua como professora e médica veterinária no Hospital Veterinário da UnC desde o ano de 2000
 
Mirilete, funcionária do Hospital Veterinário e o cão Max.
 

O Hospital veterinário da UnC é uma estrutura importante para os acadêmicos de medicina veterinária vivenciarem todas as práticas relacionadas á clinica e cirurgia de grandes e pequenos animais. O HV possui um corpo clinico composto por profissionais que atuam nas mais diversas áreas da medicina veterinária: Prof. Hamilton Wendt (cirurgia de grandes e pequenos animais), Dra. Itaira Susko (anestesiologia de grandes e pequenos animais), Prof. Ronaldo Garotti (clinica de equinos e radiologia veterinária), Prof. Dodani Machado (clinica de ruminantes), Profa. Gisele Sprea (clinica de pequenos animais), Profa. Simone Wendt (clinica de pequenos animais). O atendimento clinico e cirurgico do HV é feito de segunda a sexta das 8:00- 17:00 horas e o agendamento de consultas pode ser realizado através do telefone: 47-36272216.