"Esta história foi meu tio que contou. Deve ter acontecido na década de 50 ou 60. Meu tio Herbert Shroerder, popular Cebinho. Contou ele que foi pescar com um amigo num sábado, à tarde, no rio Canoinhas, num local onde fica "a cabeça de negro" que é uma pedreira que aparece no meio do rio na época de seca, este local fica pra baixo da Lagoa Miranda. O que aconteceu durante esta pescaria foi o seguinte: eles chegaram na barranca do rio e organizaram o material da pescaria. Quando anoiteceu, fizeram fogo e acamparam embaixo de uma árvore. Quando era noite alta, a árvore começou a "tremer", balançar seus galhos. Mesmo assustados, eles pegaram o lampião, que na época era na base de farolete, vasculharam a árvore para ver se não tinha algum bicho nela, mas nada encontraram. Foi então que ouviram um barulho vindo do bote. Correram até lá e viram sobre ele, sentado, um negro muito grande com os olhos vermelhos. O amigo do meu tio não pensou duas vezes, apontou a espingarda e atirou. O negro caiu na água formando uma grande onda. Os dois voltaram pro acampamento e nesta noite não conseguiram dormir direito por causa do medo que sentiam. No outro dia, levantaram cedinho e foram vasculhar o rio a procura de algum vestígio do negro, mas, novamente nada encontraram. Meu tio sempre acreditou que na verdade o que eles viram era realmente uma visagem.
Este local onde meu tio viu esta visagem, muita gente acredita que é mal-assombrado. O José Finta conta que numa pecaria que fez com amigos, em plena luz do dia eles ouviram um barulho, parecia que vinha alguma coisa correndo, quebrando galhos, quando chegou perto deles parou, mas eles não viram nada. Eu, pessoalmente, andei de bote pelo rio, à noite, muitas vezes e nunca vi e nem ouvi nada suspeito."
Relato de Brudi BaukatBrudi Baukat em sua oficina em Marcílio Dias. |
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