quinta-feira, 14 de março de 2013

Emílio Seidel, fazendo parte da nossa história

       Emílio Bernardo Seidel veio de Caçador para Marcílio Dias em 1953,  com sua esposa Liderty e dois filhos. Seu Emílio sempre contava sobre um fato que aconteceu durante a mudança. Enquanto moravam em Caçador, dona Liderty cuidou de uma pomba que encontrou machucada. Quando estavam vindo pra cá, lá pela metade da viagem, perceberam que a pomba estava seguindo o caminhão. Quando já estavam próximos de Canoinhas, a pomba foi morta por um gavião. Chegando aqui em Marcílio foram morar na casa do João Barbeiro (hoje a casa de escamas que pertence a Marcelo Pazda). O trabalho que conseguiu foi o de fazer valetas na Firma Wiegando Olsen.  No início, seu Emílio andava armado com facão e revólver, pois onde morava anteriormente era comum as pessoas andarem assim. Aos poucos, foi vendo que os moradores eram todos gente de bem e, então ele prometeu a si mesmo, que nunca mais usaria arma alguma. Algum tempo depois passou a morar em outra casa que a Firma WOSA fez para ele. Muitos trabalhadores moravam em casa pertencentes a empresa (hoje ainda tem algumas dessas casas que foram adquiridas pelos ex-funcionários). Com dona Liderty teve três filhos e, em 1955 ficou viúvo. Conta uma de suas filhas, a Maninha, que no começo as crianças sofreram muito nas mãos de uma mulher que cuidava deles. Mas, felizmente ele conheceu e se casou com dona Herta que cuidou bem de seus filhos e com ela teve mais oito (Iarys, Erich Osmar, Erlita, Horst, Edson, Emílio Renato, Harold, Érica , Elza). Naquele tempo, onde hoje fica o salão Wiegando Olsen, funcionava as instalações de tiro ao pombo, depois ao prato. Seu Emilio trabalhava lá, soltando os pombos para os atiradores. Com esses pombos ajudou a alimentar sua família.  Marcos Olsen sempre vencia os campeonados. Em 1983 a casa em que a família morava foi atingida pela enchente ficando só o telhado de fora. Na enchente de 1992 a água alcançou um metro e oitenta na casa. Depois, a família mudou de residência, passando a morar perto da igreja São Bernardo. Seu Emílio trabalhou na Firma Wiegando Olsen até se aposentar. Faleceu em 1987. Hoje Marcílio Dias tem uma rua que leva seu nome.
Casamento de Emílio e Liderty, 1947.

Emílio e Liderty.

Emilio e o cão perdigueiro do Wiegando Olsen em 1964.
A primeira jovem da esquerda é Herta a segunda esposa
de Emilio.
Emilio e Herta com Horst (Pingo), Edson e Edla.

Culto infantil com Ursula Finta, anos 50.

Gustavo Reese, Emilio Seidel, Emilio Zabotka e...

Vanessa e Adriana em frente a casa de João Aguiar.

Casas dos funcionários do Olsen, Maria Machado e Negão, na enchente de 1983.

Salão W. Olsen, a tora de imbuia e a enchente quando estava baixando.

Família fazendo a limpeza depois da enchente. A filha de seu Emilio, a Erlita, conhecida
como Maninha, conta que depois da enchente eles esgotaram o poço e o lavaram com escova.

Casa onde morava seu Emílio.

Dona Herta e a geada de1991 em frente ao salão Wiegando Olsen.

Alfredo transportando livros com sua carroça, na enchente de 1983.




 
 
Rua Emílio Seidel. 

2 comentários:

  1. Família Seidel, conheci muito bem, qdo criança meus pais trocavam visitas constantes.Uma pergunta que vou fazer neste blog: Qual era a razão dos emigrantes dos anos 1930 ou mais se estabelecerem na localidade de Marcilio Dias ou Canoinhas. tenho curiosidade de saber, meus pais já não estão mais e nunca fiquei sabendo porque estas famílias escolhiam estes lugares. Alguém pode me ajudar?

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    1. pnelcia escreva para o professor Antonio Dias Mafra talvez ele possa esclarecer tua dúvida profmafra@yahoo.com.br Abraços

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