Emílio Bernardo Seidel veio de Caçador para Marcílio Dias em 1953, com sua esposa Liderty e dois filhos. Seu Emílio sempre contava sobre um fato que aconteceu durante a mudança. Enquanto moravam em Caçador, dona Liderty cuidou de uma pomba que encontrou machucada. Quando estavam vindo pra cá, lá pela metade da viagem, perceberam que a pomba estava seguindo o caminhão. Quando já estavam próximos de Canoinhas, a pomba foi morta por um gavião. Chegando aqui em Marcílio foram morar na casa do João Barbeiro (hoje a casa de escamas que pertence a Marcelo Pazda). O trabalho que conseguiu foi o de fazer valetas na Firma Wiegando Olsen. No início, seu Emílio andava armado com facão e revólver, pois onde morava anteriormente era comum as pessoas andarem assim. Aos poucos, foi vendo que os moradores eram todos gente de bem e, então ele prometeu a si mesmo, que nunca mais usaria arma alguma. Algum tempo depois passou a morar em outra casa que a Firma WOSA fez para ele. Muitos trabalhadores moravam em casa pertencentes a empresa (hoje ainda tem algumas dessas casas que foram adquiridas pelos ex-funcionários). Com dona Liderty teve três filhos e, em 1955 ficou viúvo. Conta uma de suas filhas, a Maninha, que no começo as crianças sofreram muito nas mãos de uma mulher que cuidava deles. Mas, felizmente ele conheceu e se casou com dona Herta que cuidou bem de seus filhos e com ela teve mais oito (Iarys, Erich Osmar, Erlita, Horst, Edson, Emílio Renato, Harold, Érica , Elza). Naquele tempo, onde hoje fica o salão Wiegando Olsen, funcionava as instalações de tiro ao pombo, depois ao prato. Seu Emilio trabalhava lá, soltando os pombos para os atiradores. Com esses pombos ajudou a alimentar sua família. Marcos Olsen sempre vencia os campeonados. Em 1983 a casa em que a família morava foi atingida pela enchente ficando só o telhado de fora. Na enchente de 1992 a água alcançou um metro e oitenta na casa. Depois, a família mudou de residência, passando a morar perto da igreja São Bernardo. Seu Emílio trabalhou na Firma Wiegando Olsen até se aposentar. Faleceu em 1987. Hoje Marcílio Dias tem uma rua que leva seu nome.
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Casamento de Emílio e Liderty, 1947. |
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Emílio e Liderty. |
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Emilio e o cão perdigueiro do Wiegando Olsen em 1964. |
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A primeira jovem da esquerda é Herta a segunda esposa
de Emilio. |
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Emilio e Herta com Horst (Pingo), Edson e Edla. |
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Culto infantil com Ursula Finta, anos 50. |
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Gustavo Reese, Emilio Seidel, Emilio Zabotka e... |
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Vanessa e Adriana em frente a casa de João Aguiar. |
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Casas dos funcionários do Olsen, Maria Machado e Negão, na enchente de 1983. |
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Salão W. Olsen, a tora de imbuia e a enchente quando estava baixando. |
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Família fazendo a limpeza depois da enchente. A filha de seu Emilio, a Erlita, conhecida
como Maninha, conta que depois da enchente eles esgotaram o poço e o lavaram com escova. |
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Casa onde morava seu Emílio. |
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Dona Herta e a geada de1991 em frente ao salão Wiegando Olsen. |
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Alfredo transportando livros com sua carroça, na enchente de 1983.
Rua Emílio Seidel. |
Família Seidel, conheci muito bem, qdo criança meus pais trocavam visitas constantes.Uma pergunta que vou fazer neste blog: Qual era a razão dos emigrantes dos anos 1930 ou mais se estabelecerem na localidade de Marcilio Dias ou Canoinhas. tenho curiosidade de saber, meus pais já não estão mais e nunca fiquei sabendo porque estas famílias escolhiam estes lugares. Alguém pode me ajudar?
ResponderExcluirpnelcia escreva para o professor Antonio Dias Mafra talvez ele possa esclarecer tua dúvida profmafra@yahoo.com.br Abraços
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