Protesto em defesa da segurança no trânsito e respeito à vida

   Protesto focou no acidente que tirou a vida de duas pessoas há duas semanas   

                                                

Pelo menos 200 pessoas participaram de um protesto na noite desta quinta-feira, 14, na rodovia Wendelim Metzger, que liga o centro de Canoinhas ao distrito de Marcílio Dias. O protesto foi acompanhado pelo prefeito Beto Passos (PSD) e pelos vereadores Telma Bley (PMDB) e Coronel Mário Erzinger (PR). “Vamos melhorar a sinalização, mas buscando a compreensão de que a maioria dos acidentes aconteceu não por falta de sinalização, mas por imprudência. Essa é uma via para 40 a 60km/h no máximo, mas moradores nos relatam que há motoristas que passam aqui a 100 km/h. Isso é completamente inviável”, afirmou.

Vereadora Telma frisou que não estava lá no papel de política, mas como alguém que tem parentes morando em Marcílio Dias e se sente apreensiva com o perigo que a rodovia representa. “Isso aqui virou uma pista de corrida”, afirmou, dizendo que não se pode culpar o poder público, muito menos a Universidade do Contestado (UnC), mas que uma sucessão de decisões equivocadas aumentou o perigo na rodovia. Ela se referia ao fato de a UnC estar migrando praticamente todos os cursos oferecidos para a unidade de Marcílio Dias, o que aumenta substancialmente o fluxo de veículos no horário de aula.

    O acidente que vitimou Josiane Ramthum, 40 anos, foi justamente provocado por um estudante da UnC que vinha de Marcílio Dias para o centro. Ela dirigia um Voyage, placas de Canoinhas, que colidiu frontalmente contra a Saveiro, placas de Canoinhas, que era conduzida por  Luis Eduardo Stange, 19 anos. Ele invadiu a pista de Josiane batendo frontalmente contra o Voyage. Com a batida, o lado do motorista onde Josiane estava foi o mais impactado, assim como o lado onde estava o carona da Saveiro, Alisson Martins Correa, 18 anos, que morreria dois dias depois. Stange sofreu fraturas múltiplas nas pernas e teve muito sangramento. Ele está se recuperando em Joinville.

(Portal JMais)

Amigos e familiares da saudosa Josi Ramthum realizaram protesto hoje no início da noite,
na rua Maria Olsen, em protesto pelo trágico acidente onde a mesma foi vítima.

"Os acadêmicos de Direito da UnC também fizeram parte dessa manifestação, solidarizando-se com a família daqueles que perderam suas vidas por atos de imprudência. No trânsito de Marcílio Dias falta sinalização, iluminação e muitas outras coisas, mas principalmente empatia, respeito, conscientização e amor ao próximo... Façamos uma breve reflexão sempre que nos colocarmos diante de um volante, pois o carro pode sim, se tornar uma arma perigosíssima, se utilizado de forma errônea, tirando a vida de muitos pais, mães, filhos e familiares que moram ou necessitam passar por ali todos os dias!!! "Será muito bom o dia em que a gentileza no trânsito crescer na mesma proporção que o número de veículos". (Cassal Brum) Todos estamos a mercê disto, mais amor e respeito nas estradas... Um forte abraço para todos os familiares e Moradores de Marcílio Dias, contem conosco, para que juntos, sejamos mais fortes!!!"  Micael Eduardo Bonfim

 

 

Comentário de Daiana Furda no Portal JMais:

"Concordo plenamente. A imprudência com certeza deve ser evidenciada porém todos nós que utilizamos a via todos os dias e noites sabemos o quanto falta de tartarugas e refletores até para nos guiarmos na pista. No inverno e com neblina nem andando a 40km/h enxerga-se meio palmo pra frente da pista. É muito perigoso e somando a falta de sinalização com as muitas imprudências que eu mesma vejo todo santo dia o trecho realmente se torna na estrada da morte. Eu estava presente na manifestação e passo o recado da irmã da querida Josi: "Queridos alunos da UnC passem esse recado para todos os seus colegas. Nós somos moradores de Marcílio Dias e não estamos aqui somente de passagem por 4 ou 5 anos... Eu e minha filha nascemos e crescemos aqui e eu não quero ver a minha filha perder a vida na terra onde ela cresceu assim como aconteceu com a minha irmã. Sou professora e sei como alguns jovens muitas vezes não escutam os conselhos que lhes são dados". Eu escrevo com muita satisfação em dizer que esse foi um alerta para nós mesmos, para nosso íntimo, para nos policiarmos e nos conscientizarmos de quem faz o trânsito somos nós. De que viver ultrapassando os outros seja porque esteja atrasado para aquela prova ou por prazer da velocidade nada neste mundo vale a pena quando o preço a ser pago seja a nossa própria vida e muito menos com a vida de inocentes. Basta, vamos repensar todos juntos? Governo e população devem tomar suas medidas...."