Em 2011 Nezio Fosgrau descobriu que tinha problemas
renais, a princípio sentia falta de ar. A noite não conseguia respirar, tinha
que dormir sentado. O médico havia dito que era um problema no coração, e ele
estava fazendo o tratamento para esse fim. Nezio trabalhava em uma floricultura, e um dia não estava bem,
foi consultar com outro especialista, pois seu médico estava viajando. Na
ocasião, o outro cardiologista pediu mais exames, e foi constatado que o problema
que ele tinha era renal, e que o coração estava dilatado decorrente da doença. Ficou internado por dois dias, onde foi transferido para
Mafra que possui uma filial da Pró-Rim. Foi feita uma cirurgia para a colocação
do cateter no mesmo dia, para que ele pudesse começar com a hemodiálise. Durante dez meses, três vezes por semana, ele tinha que
sair às duas horas da madrugada para fazer hemodiálise e voltava perto das treze horas . “Tinha que ficar sentado por quatro horas. A sensação é
como se eu tivesse doando sangue. Dava-me enjôo e tontura. Muitas vezes tinha
que sair de cadeira de rodas da sala, pois me sentia muito mal”, relembra. A
máquina de hemodiálise é fundamental no tratamento dos pacientes que perderam
as funções renais. Ela substitui os rins na filtragem do sangue. Graças a esta
máquina, os pacientes são mantidos vivos e com qualidade de vida. A Pró-Rim, que é pioneira na hemodiálise e nos
transplantes renais em SC, faz por ano 150 mil sessões de diálise. Depois de vários exames Nezio entrou para fila de
transplantes, na esperança de que aquela situação pudesse ser revertida e ele
então, poderia ter uma vida quase normal. Em sete de maio de 2012 uma ligação mudou a sua vida
dele. Há mais de nove meses na fila de um transplante, o dia tinha finalmente
chegou. O hospital São José de Joinville havia ligado as 8h00min da manhã e
pedido para que ele estivesse lá até o inicio da tarde para que fosse realizado
o transplante. “Fiquei em estado de choque, liguei para minha irmã que mora no
Matão para ver se ela poderia ir comigo. Liguei para a prefeitura no setor de
transportes, e eles me disseram que iria uma ambulância para Florianópolis e que
poderiam me dar carona. Nos arrumamos e partimos”, diz
.Ao chegar ao Hospital, ele foi internado e a noite realizou
o procedimento. Foram quase nove horas de cirurgia. “Eu fiquei sabendo que a
doação era de uma mulher que havia falecido, mas tudo é muito sigiloso, eles
não dão detalhes”, conta.
Ao sair do Hospital mais uma batalha, a da recuperação.
Ele não poderia carregar peso, teria que usar máscara por seis meses, não
poderia dirigir por um tempo, tomar mais de 20 comprimidos por dia, além disso,
torcer para que não houvesse a rejeição. Após o transplante de um órgão, o organismo do receptor
pode desencadear uma reação imunitária contra os elementos dos tecidos provenientes
do doador, podendo provocar a destruição do tecido implantado. No caso de Nezio,
o transplante foi um sucesso. Durante dois meses toda a semana ele fazia o acompanhamento
Pós Transplante na Pró-Rim em Joinville.
Depois de quase quatro anos ele comemora o resultado,
tomando a medicação, pode levar uma vida quase normal. A
cada dois meses faz o acompanhamento em Joinville, onde realiza uma bateria
de exames. Toma 19 comprimidos por dia. “Tomo a medicação e levo uma vida
normal. Qualquer coisa é ainda melhor do que a hemodiálise. Foi Deus que
conseguiu com que o transplante fosse realizado e desse certo”, finaliza.
DOAÇÃO
DE CÓRNEAS
Em 2014 o Hospital Santa Cruz (HSC), ficou em 3º Lugar no Estado de SC no Ranking de Captações de córneas do ano de 2014, dentre 13 Hospitais credenciados em captação de córneas. “Apesar de termos começado este
bonito
trabalho em maio de 2014, onde se iniciou a campanha a favor da doação de
órgãos e tecidos, oportunizando todos os familiares a realizarem a
doação de órgãos ou tecido do seu ente querido. “Juntamente com o Enfermeiro
Ricardo, fazemos parte da CIHDOTT- Comissão Intra-Hospitalar de Doação de
órgãos e tecidos para transplante, tendo como foco principal prestar
assistência humanizada aos familiares nesse momento tão delicado”, explica a Enfermeira
Karin Adur.
Para conhecimento da população há uma lei, de
nº 9.434, DE 4
DE FEVEREIRO DE 1997
que Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, a qual nos respalda e nos motiva a realizar este trabalho grandioso. “Atualmente no estado de SC, infelizmente possuímos muitos pacientes na fila de espera por um transplante, dados fornecidos pela SC transplantes, CNCDO (Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos), referente ao ano 2014, expôs que no mês de dezembro haviam 353 pacientes a espera de um transplante de córnea, 361 pacientes a espera de um rim, 55 a espera de medula óssea, 48 na espera de um fígado, entre outros órgãos e tecidos também expostos no site, um número relevante comparado ao índice de mortalidade de nosso estado”, salienta Adur.
que Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, a qual nos respalda e nos motiva a realizar este trabalho grandioso. “Atualmente no estado de SC, infelizmente possuímos muitos pacientes na fila de espera por um transplante, dados fornecidos pela SC transplantes, CNCDO (Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos), referente ao ano 2014, expôs que no mês de dezembro haviam 353 pacientes a espera de um transplante de córnea, 361 pacientes a espera de um rim, 55 a espera de medula óssea, 48 na espera de um fígado, entre outros órgãos e tecidos também expostos no site, um número relevante comparado ao índice de mortalidade de nosso estado”, salienta Adur.
A
CIHDOTT tem como função conscientizar a todos sobre a importância da doação de
órgãos e tecidos, e realizar informações, bem como esclarecer dúvidas sobre o
assunto abordado.
possuem dúvida em relação à aparência de seu familiar, porém convém ressaltar que NÃO altera a fisionomia do paciente, a mesma permanecerá intacta e com este ato de amor ao próximo o paciente estará oportunizando 4 pessoas a voltar enxergar. A autorização para doação deverá ser realizEm relação a doação de córneas, este procedimento é realizado pelos enfermeiros da CIHDOTT, Karin Adur e Ricardo Gaieviski os quais realizaram aperfeiçoamento na área, a retirada das córneas (enucleação) é realizada no HSCC após a autorização familiar, a captação da córnea é gratuita. “Muitas pessoas ada pelos familiares de 1º grau: pai, mãe e filhos, familiares de 2º grau: avós e irmãos, cônjuge, união estável comprovada e curador comprovado”, diz Karin.
possuem dúvida em relação à aparência de seu familiar, porém convém ressaltar que NÃO altera a fisionomia do paciente, a mesma permanecerá intacta e com este ato de amor ao próximo o paciente estará oportunizando 4 pessoas a voltar enxergar. A autorização para doação deverá ser realizEm relação a doação de córneas, este procedimento é realizado pelos enfermeiros da CIHDOTT, Karin Adur e Ricardo Gaieviski os quais realizaram aperfeiçoamento na área, a retirada das córneas (enucleação) é realizada no HSCC após a autorização familiar, a captação da córnea é gratuita. “Muitas pessoas ada pelos familiares de 1º grau: pai, mãe e filhos, familiares de 2º grau: avós e irmãos, cônjuge, união estável comprovada e curador comprovado”, diz Karin.
A córnea é uma película transparente localizada na parte anterior do olho, se houver perda de sua integridade, ela pode se tornar embaçada, trazendo dificuldade na visão, podendo levar a perda da mesma, para entender melhor, imagine um relógio quando você molha ele embaça o vidro, mesmo que sua máquina esteja boa, será difícil verificar as horas, assim é a córnea, caso ela esteja “embaçada”, mesmo que o resto do olho esteja sadio, a visão vai ficar ruim, prejudicada, somente com a troca da córnea doente por uma sadia e transparente poderá reestabelecer a qualidade da visão
No Brasil há cerca de 30 mil pessoas a espera de uma córnea, algumas pessoas já estão praticamente cegas e após a cirurgia poderão voltar a enxergar novamente.
O importante é que essas iniciativas estão ajudando a diminuir a fila de transplantes no estado e salvando vidas. A pessoa que quer ser doadora deve comunicar a família desse desejo, e deixar claro que depois de sua morte os órgãos poderão ser doados, pois somente a família pode autorizar o procedimento.
Escrito pela jornalista Pollyana Martins.
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