terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Max Voigt


        Sr. Max Voigt de 79 anos e sua esposa Ina Voigt de 73 anos, contam um pouco da sua história, que faz parte das lembranças de Marcílio Dias. Segundo Sr. Max, seu pai veio para Marcílio Dias em 1912, bem na época que estourou a Guerra do Contestado. “As pessoas achavam que meu pai seria morto por causa da guerra.  Muitos não sabem qual o estopim da Guerra, mas com certeza, foi à empresa Lumber. Foram mais de 7 mil mortes entre militares e civis”, relembra.
      O pai de Max, veio para Canoinhas com 12 anos de idade. Conheceu a mãe, que também veio para cá, da cidade de Curupá. “Na época meu pai tinha uma carpintaria que funcionava a gasolina. Ele trabalhou de 1927 até 1945, mas com a guerra, teve a falta de gasolina no Brasil. Meu pai vendeu todos os maquinários, passamos uma crise. O Olsen teve que chamar um engenheiro da Alemanha para fazer com que os motores dos caminhões fossem mudados para gasogênio”, diz.Em 1950, Sr. Max Olsen foi procurar Sr. Max Voigt (pai), para montarem uma fábrica de cadeiras. A empresa pegou fogo, acabando com o sonho da família. Quando seu pai foi convidado a trabalhar na empresa Olsen. “Naquela época era difícil emprego, só tinha emprego na roça”, fala. Depois que Max casou com Dona Ina, foi pedir emprego na Olsen, foi assim que depois de dois anos voltou a trabalhar na empresa, podendo ficar perto de casa. Max trabalhou por 30 anos na empresa Olsen, ele era operador de máquina, fazia os famosos parquet e tacos. Na época ainda funcionava a estação de trem de Marcílio Dias. “Carregamos alguns vagões naquela época. Eu me aposentei em 1986. O trem de passageiro era cheio de pessoas, quando ele acabou, colocaram o misto, com pessoas e carga”, lembra.
     A empresa Olsen exportava muita madeira, onde a mesma era transportada de trem para os portos. “Era madeira de primeira retirada da região, imbuia e pinheiro. Depois era trazida para corte a madeira da Bahia. O pagamento dos funcionários era feito pela janela do escritório, nunca faltava dinheiro para pagar os empregados”, risos.
Quando a empresa Olsen e o trem ainda funcionavam, Marcílio Dias era uma cidade grande, perto de Canoinhas. Na época tinha um bodegão que se vendia de tudo.
 
 “O dono era João Jantsch, ele era um bom comerciante, sempre tinha estoque dos produtos. Os produtores vendiam a safrinha ali mesmo. Depois foi passado para o filho, que mais tarde fechou as portas”, conta. Aos domingos tinha a famosa Domingueira no Coringa, onde as moças tinham que estar em casa às 18 horas.

Além disso, ele e a esposa não se esquecem dos alfaiates que tinham em Marcílio Dias. “Um dos meus tios era alfaiate, o tio Francisco Voigt, fazia roupas sob medida, antigamente não se vendia roupas prontas. Em Marcílio Dias eram três alfaiates, Francisco, Alexandre e Otto”, recorda.O casal viajou para todo lado com o trem. No último dia do trem misto, o seu Wando, comprou foguetes e colocou nos trilhos, quando a locomotiva passou os foguetes foram estourando. Seu Max foi nessa viagem para poder se despedir do trem.

    Dona Ina tem uma coleção de Gloxínia, a flor que deu origem a todas as outras plantas, foi ganha de amigo secreto há mais de 20 anos. (Texto de Pollyana Martins)
  
Irmãos: Arno, Morets, Arlindo e Max.

Servindo o exército em 1954. Rio Negro, PR..


Seu Max e colegas de trabalho quando trabalhava na Firma Müller
de Curitiba, 1956.

Casamento de Max e Ina, 1961.
 
 
Nesta foto está dona Ina com Emílio no colo, seu Max com
Marli e Marcos no colo, Sissi em pé, na frente,atrás a mãe de Ina
e dona Engui. 1965

Max e Ina na horta cultivada por eles.
 
Com traje típico.
                            Fotos atuais:
O casal teve sete filhos: Sissi, Marguit que mora na Alemanha, Emílio
que é pastor e assessor de formação no Sinodo Vale do Itajaí, Marcos
que está na Argentina, Elizangela em Jaraguá, Marli em Curitiba e Ervino.



É assim que dona Ina faz as mudas desta planta Gloxínea, colocando
as folhas na água.


As flores da dona Ina.
 

Fotos: Fátima Santos.
 

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