terça-feira, 31 de março de 2020

Corredeira do rio Canoinhas

      Hoje registrei estas imagens do rio Canoinhas aqui em Marcílio Dias. Chamamos este local de corredeira ou Barbara. Barbara porque, antigamente, tinha uma senhora que morava próximo do local e o pessoal passava pela casa dela pra chegar no rio. O que eu quero mostrar, é a beleza do local com o rio raso com as pedras a mostra, dando pra atravessar a pé. Só que, pra ficar bonito assim, o rio tem que estar com pouca água, o que não é bom. Mas, chamando a atenção para o uso racional da água, quero também mostrar o quanto pode ser lindo nosso rio. Hoje tinha uma família passeando por lá e me autorizaram publicar as fotos. Observei também, muito lixo na mata próximo do local.












domingo, 29 de março de 2020

Campanha de arrecadação de alimentos e produtos de higiene

         Ajuda Humanitária COVID-19.
      A coleta está sendo feita através de uma equipe de voluntários que está passando de carros pelas ruas de Canoinhas anunciando em alto-falante a arrecadação. Dúvidas e informações: (47) 3622 -2310 / (47) 3622 -0001 falar com Cláudia.

Voluntários na rua Rodolfo Grützmacher arrecadando donativos.

Vila de Marcílio Dias em quarentena - vídeo


Tempo de quarentena em Marcílio Dias

    Imagens da quarta-feira, 25.
UnC - Campo do Trigo.


CEDUP Vidal Ramos.


Igreja luterana.

Rua ao lado do cemitério.

terça-feira, 17 de março de 2020

Terça-feira na estação

     Continuam as obras da restauração da estação. Vejam imagens registradas nesta terça-feira ao meio-dia.









Imagens de Marcílio

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Rua: Vendelin Metzger.

Rua: Vendelin Metzger.

Rua: Vendelin Metzger.


CEDUP Vidal Ramos.

Rua Miguel Barabacha.

Rua Miguel Barabacha.
Rua que vai pro Matão.

sábado, 14 de março de 2020

Restauração da estação em andamento

      Imagens da manhã de sábado da restauração do nosso patrimônio histórico: a estação.
A restauração teve início em novembro de 2019 e a previsão é que seja concluída no prazo de um ano.





A história de Elsbeth Lily Soetbeer Müller, a dona Beti



      Dona Elsbeth Müeller nasceu em 17 de janeiro de 1932, na Colônia São Bernardo, hoje Marcílio Dias. Neta por parte de pai, de Henrique e Sofia Soetbeer. A família veio de navio fugindo da guerra, saindo da cidade de Hamburgo em 1899, para a cidade de Cruz Machado, os pais e os filhos: Cristian, Helmann, August e Ing. O avô era construtor de navios em Hamburgo, mas veio para Brasil trabalhar com os filhos, plantando, colhendo e roçando. O pai de Elsbeth, Henrique era marceneiro, e em 1920 foi para Marcílio Dias tentar a vida com 5 mil réis no bolso. Andando pela linha do trem, chegou em Taunay, e lá trabalhou alguns meses até se estabelecer e começar a trabalhar na fábrica de móveis em Colônia São Bernardo. (Onde fica atualmente o mercado do Rogério).
Dona Elsbeth era filha de Henrique e Hilda Soetbeer, que eram colonos no distrito e possuíam um estabelecimento comercial. O pai também marceneiro fazia móveis para Dona Neca e para a Família Olsen, além de fabricar caixões para os que pedissem a ele. “Meu pai estava trabalhando quando via minha mãe passar pra ir pra escola, ele dizia que iria se casar com ela um dia. E se casaram em 1927 e tiveram seis filhos”, conta.
Durante a segunda guerra, todas as noites, o pai de Dona Elsbeth, escutava o rádio para saber as notícias. “Às vezes alguns vizinhos e amigos também se reuniam na casa do casal para saber as
novidades. “As notícias eram em alemão, meu pai só falava na língua de origem. Os guardas do setor que cuidavam de quem falava alemão, que era proibido por causa da guerra, em 1942 tomaram o rádio do meu pai e queriam levar um quadro que tinha dizeres em alemão, mas meu pai não deixou. Eles ordenaram então, que o quadro fosse guardado no sótão da casa. Os dizeres do quadro eram: espalhar flores de amor no tempo de vida e ... guardai unidos”. Depois da guerra Sr. Henrique foi buscar o rádio na delegacia.

   Ela frequentava a escola, onde seu professor era Emanuel Rotter por ser descendente de alemão, foi afastado da sala de aula. Na época a higiene pessoal era muito rígida, alguns alunos que não passavam na inspeção, eram obrigados a tomar  banho no tanque da escola. Os professores batiam nas mãos de quem se comportasse mal, com régua ou vara, porém, dona Beth nunca foi travessa.

      O Sr. Wando e Dona Jurema Sckudlarek foram os primeiros a comprar uma televisão em Marcílio Dias. As tardes era uma diversão para meninada se juntar e assistir pela janela da casa da família.


O pai a ensinou a dirigir, ela muito astuta para seu tempo, aprendeu logo. “Meu pai era canhoto, para ele era mais difícil dirigir, ele me ensinou junto com seu Brás Alves Ferreira. Na época não tinha pisca para virar, o gesto era feito na mão. A comissão veio de Mafra para fazer as carteiras e na época eu fui a única que tirei permissão para dirigir. Minha família tinha um Forston”, relembra.
Naquele tempo que o carro da família estragou e tiveram que chamar o mecânico Horst Hermann Müller, que vinha de outra cidade para consertar os carros em Canoinhas. “Eu tinha 20 anos e ele foi ver nosso carro, foi assim que nos conhecemos. Logo depois fomos até Curitiba trocar nosso carro por um da marca Chevrolet e meu esposo, na época pretendente se ofereceu para trazer o carro”, diz. Dona Beth como é chamada carinhosamente pelos familiares e amigos. Ela dirigia até alguns anos atrás para ir até o cemitério colocar flores para os entes queridos que já se foram. Ela e seu Horst casaram-se em 1958 em uma cerimônia linda. Tiveram dois filhos Ditemar e Ditter. “Eu cuidava das crianças e da horta e nas horas vagas fazia permanente no cabelo das clientes. Eu atendia a freguesia da região como Taunay, Paula Pereira entre outros. Fiz permanente até pouco tempo. Cheguei a atender até dezesseis clientes por dia”.

O esposo arrumou uma sociedade para trabalhar no Paraguai e por onze anos a família viveu naquele país.
Em 1975 um tufão passou pelo distrito e ergueu a casa da família. “A casa só não foi parar no chão, porque era madeiramento duplo, na época a casa estava alugada, e a família ainda vivia no Paraguai. Ninguém se machucou.”

Aos 88 anos dona Beth não deixa de fazer as coisas por causa da idade. Gosta de falar com amigas e familiares pelo WhatsApp. Faz horta, cuida da casa junto com sua nora Melita e ainda acha tempo para tricotar lindas meias de lã.
Escrito pela jornalista Pollyana Martins
Fátima Santos, Beti Müller e a jornalista Pollyana Martins.

Dona Beti com seu celular.


Dona Beti com uma foto quando tinha 20 anos.
Casamento de dona Beti e Horst Friedrich
Hermann Müller. Igreja Luterana de Canoinhas.
Beti no dia da Confirmação. Igreja Luterana.
Casamento de Horst Müller e Elsbeth Soetbeer.
A casa ao fundo, já foi demolida, ficava na rua Bernardo Olsen e,
nela funcionava um estabelecimento comercial.
Certidão de Confirmação.

Lembrança de casamento.


Certidão de casamento de Horst e Elsbeth. Observem que
dona Beti nasceu quando Marcílio Dias ainda se chamava
Colônia São Bernardo.

Antiga casa da família atingida por um "furacão".