FESTAS
Nos dias 23, 24 e 25 do mês corrente o Município de Canoinhas passou por momentos de grandes festivais.
Dias 23, 24 e 25 na cidade foi momento de maior júbilo, sendo que todo povo assistia a "2ª Exposição Agro-Avícola e Industrial". Tudo decorreu na maior harmonia. Foi muito bem representado os produtos , o gado vacum, equino, caprino, suíno, como também grande número de máquinas agrícolas, as quais nos trazia uma ideia de que a nossa agricultura está sendo moderna, sendo assim os trabalhos executados com maior rapidêz. No dia 25 no decorrer das 14 horas desfilou todas as máquinas e tratores quais ali se continha.
Dia 23 e 24, no povoado de Marcílio Dias, como em todos os anos, houve a disputa de campeonatos de tiro ao pombo e ao prato, no local do Standard. A vitória coube a um paranaense, ainda jovem.
A cidade teve visita de S. Excia Governador Jorge Lacerda, por motivo de festejos.
Texto do Jornal de 30 de nobembro de 1957
Diretor: Antônio Salai
Gerente: Terezinha E. Möbius
Redator: Nelson Batista
Noticiário
Nosso grupo chama-se Grupo Escolar Prof. "Manoel da Silva Quadros". NO corrente ano letivo matricularam-se 189 anos.
Possui 4 salas espaçosas onde recebemos a instrução. Neste ano houve em nosso Grupo Escolar, uma bonita festa dedicada as mães. Os alunos recitaram e ofereceram presentes às sua mãezinhas.
Estamos também trabalhando no Clube Agricola. Já carpimos e viramos a terra. Iremos plantar ervilhas, repolho, cenouras antes das férias.
Os alunos do nosso grupo participatram das provas para concorrer ao título de finalista, na Maratona Cultural, que está sendo efetuada para as festividades do cinquentenário de Canoinhas.
Nosso grupo agora tem um novo diretor. é o Sr. Olavo Raul Quandt. Desejamos-lhe as boas vindas, e que seja muito feliz em nosso meio.
Nossas férias começarão dia 1º de julho. Possuimos uma Biblioteca no grupo onde alugamos bons livrinhos de histórias.
As associações escolares que funcionam no estabelecimento são: Pelotão de saúde, Biblioteca Infantil, Liga Pró Língua Nacional, Clube de Leitura, Clube Agrícola, Jornal Escolar e Cooperativa Escolar. Todos os alunos colaboram nestas associações.
Neste mês aniversariam os seguintes alunos: Ondina Gonçalves, Helena Maria Paladino, Elfrida Radoll, Sadi Todt, Guido José Jantsch, Renilda Farias, Almir Nascimento, Renate Ikier.
Marcílio Dias, 25 de junho de 1961
Diretor: Argos Luis Steilein
Gerente: Cecília Vitovski
Redatores: Edith T. Hauffe, Dóris Anton, Anete Jantsch
Colaboração do IV ano X
Descrição: Marcílio Dias
Nossa localidade consta de uma paisagem vistosa com variadíssimas casas.
Primeiramente contamos com duas igrejas de material; a côr amarelo Protestante e a Católica côr branca. Um estabelecimento de ensino primário que é o Grupo Escolar Professor Manoel da Silva Quadros de côr amarelo, enfeita o panorama de Marcílio Dias.nele funcionam as seguintes séries: 1º ano Z, 2º ano X e Z, 3º ano X, Z, 4º ano X, Z, 5º ano, pré-primário e jardim.
Uma fábrica de Parquete junto da qual se acha um armazém a disposição do povo.
Destacam-se os seguintes bares: Bar Estrela, bar São Bernardo e ainda 4 casas de comércio. Um salão de baile muito agradável cuja sociedade possui uma Banda musical Wiegando Olsen. Duas cerâmicas, um cartório e o correio favorecem a comunidade da cidade e do interior.
Uma espaçosa estação ferroviária, a estrada de ferro R.V.P.SC que vem de São Francisco e vai a Porto União. Uma locomotiva faz a linha de Canoinhas a Marcílio Dias. Junto a estação há um restaurante com apetitosos doces e salgados e bebidas objeterias.
Assim descrevi Marcílio Dias.
Aluna: Soeli Cchipanski
Marcílio Dias, 30 de junho de 1968
Diretor: João Bueno da Silva
Gerente: Érico Celso Jürgensen
Redatores: Estela Vitovski, Célia Marros, Terezinha Elisete Cordeiro, Mirtes Koehler
Povoado mais antigo de Canoinhas, foi colonizado por alemães. Nele ainda nota-se a presença de arquitetura em madeira e no estilo enxaimel. Era conhecido como a Capital da Manteiga, em função da produção de manteiga e derivados do leite por vários proprietários que possuiam rebanhos bovinos da raça holandesa.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Jornal Vagalume III
Órgão semestral do Grupo Escolar
"Professor Manoel da Silva Quadros"
Diretor: Francisco de Assis Vitovski
Gerente: Ruth Pangratz
Redatores: Mário Noernberg - Olga Theodorovicz
Edith Terezinha Hauffe
Não consta a data deste jornal. Acreditamos ser da década de 60.
Jornal Vagalume II
Jornal Vagalume I
Ano2 nº7
Marcílio Dias, 16 de agosto de 1944
Diretor: Isidório Jarschel Redatores: Terezinha Vick
Gerente: Herbert Jarschel Erna Pangratz
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José Casteller |
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Rudolfo Baukat, aluno do 3º ano primário. |
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Maria de Lourdes Sabino, aluna do 3º ano. Erna Pangratz, 3º ano primário. |
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Último desenho á direita é de Lauro Neiser. |
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Lembranças do trem II
Zique e a boa época das ferrovias na região
Zique com a esposa Rosemari na estação.
"Há pouco tempo eu sonhava que estava trabalhando na linha férrea."
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Dia 23 de agosto é celebrado o Dia do Ferroviário. Luis Burzy, mais conhecido por Zique, tem muita história para contar dos 23 anos que trabalhou na ferrovia.
Começou na profissão em 1976, em Santa Leocádia. Ficou um ano e foi transferido para Porto União, onde morou e trabalhou por sete anos.
Zique mora em Marcílio Dias. Ele conta que, só no trecho da Estação de Marcílio Dias, trabalhou por 12 anos. Conhece a linha férrea como ninguém. Sabe exatamente por onde passavam os trilhos.
De acordo com o ex-ferroviário, o trabalho era de 48 horas semanais. No entanto, quando aconteciam acidentes na linha os ferroviários trabalhavam até conseguir liberar o tráfego nos trilhos. “Certa vez deu 70 horas extras só em uma quinzena.” Os ferroviários geralmente moravam bem próximos à linha. Para avisar de um acidente, um trem chegava à estação e buzinava três vezes. Com o alerta, os ferroviários se arrumavam e saíam para ajudar na liberação da ferrovia.
Para Zique, o salário era bom. Às vezes chegava a receber três meses de pagamento apenas com as horas extras de serviço.
Ele lembra que uma viagem de Porto União a Rio Negro demorava 16 horas. “O trem saía à 1h de Porto União e chegava às 17h em Rio Negro. Ficava mais nos trilhos do que em casa”, diz.
Cada vagão carregava cerca de 70 toneladas de produto. Grande parte da carga era madeira, mas também chegava ao município materiais de construção civil. “Trabalhei justamente no período em que o transporte ferroviário estava em alta.” Zique comenta que algumas vezes passavam aproximadamente 120 vagões de uma vez.
Zique sente saudade do tempo que trabalhava como ferroviário. “Gostava muito de trabalhar na ferrovia. Ainda há pouco tempo eu sonhava que estava trabalhando aqui”, recorda, em frente à Estação de Marcílio Dias.
Quando a malha ferroviária foi privatizada, Zique parou de trabalhar. Não sabe ao certo, mas acredita que fazem 15 anos que se aposentou.
Para ele, a época em que trabalhou com trens era muito boa. Ferroviários que tinham crianças pequenas tinham direito a empregada doméstica. A rede pagava.
Sobre as construções de Marcílio Dias, Zique mostra os locais em que existiam barracões para depósito de carga. “E ainda tinha o restaurante da Tia Beti, que ficava bem próximo à estação. O pessoal todo se reunia nos fins de semana.”
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Zique trabalhando nos trilhos. |
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Mecanizada, em Marcílio Dias, década de 80. Á esquerda João, irmão da Rosemeri com a esposa Lindair e o filho João Carlos. Zique com Rosemari e o filho Claudinei. |
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Trem do Centenário, anos 90. |
sábado, 3 de novembro de 2012
Lembranças do Trem I
Nelson de Paula Padilha, 58 anos, não sossega. Quase todos os dias ele visita o antigo local de trabalho, a cerca de cem metros de casa. O ex-ferroviário não esconde a ansiedade por ouvir novamente o som do trem nos trilhos que passam ao lado da casa.
Antes de qualquer coisa, Nelson pergunta o que sei sobre os projetos de reativação da ferrovia. Ele sempre está atento às notícias que envolvem a linha férrea, na qual trabalhou por 20 anos.
A profissão parece ser tradição de família. O avô trabalhou na exploração da ferrovia. O pai, na conservação. Nelson chegou a mestre de linha. O escritório ficava na Estação Marcílio Dias, no vilarejo que leva esse nome, onde Nelson mora.
A vila ainda é referência em construções relacionadas à ferrovia em Canoinhas. O prédio da estação continua conservado porque uma família se responsabilizou em morar nele e preservar. Muitas das casas próximas à linha pertenciam a ferroviários. Nelson mora em uma delas. Recebeu da Rede Ferroviária Federal S. A. (RFFSA).
O ex-ferroviário se considera apaixonado pela profissão, ainda que sem exercer. Quando viaja para Mafra, uma das primeiras coisas que vê é a passagem do trem. Porém, o maior desejo é andar no trem misto de Paranaguá, para ver a Serra do Mar a bordo da locomotiva.
Estações na região
A história da ferrovia em Canoinhas começou a decair por causa de uma circular da Superintendência da Rede, distribuída em agosto de 1966, com mandado de suspensão das atividades. A população se revoltou. Na época, a justificativa do Governo Federal para desativar o trem de passageiros era a falta de captação de quantidade suficiente de carga e de passageiros. No entanto, o trem era o único meio de condução, principalmente entre Marcílio Dias e o centro de Canoinhas. Não existia ônibus ou qualquer veículo de transporte coletivo. De acordo com a edição do jornal Correio do Norte de 13 de agosto de 1966, a arrecadação mensal do trem chegava a Cr$ 45 milhões.
Por causa de solicitações encaminhadas por autoridades canoinhenses, o chefe do 3º Distrito dos Transportes da Rede de Viação Paraná Santa Catarina (RVPSC), Nestor Lubber, informou que as cargas industriais poderiam continuar em tráfego. No entanto, o trem de passageiros ficaria disponível apenas até o transporte entre Marcílio Dias e Canoinhas ser feito por ônibus. A Estação Canoinhas, atual sede administrativa do município, foi fechada e alguns funcionários foram remanejados para a Estação Marcílio Dias. A indústria madeireira local continuou transportando pela linha.
Mesmo assim, o trem de passageiros funcionou anos depois. Luis Burzy começou a trabalhar na linha entre Mafra e Porto União em 1976. De acordo com ele, o trem não era mais a vapor, mas a diesel. Passava pela manhã e à tarde, todos os dias. Ele lembra que o trem andava uma média de 45 quilômetros por hora. “Em Mafra, os trens cruzavam. Um chegava e o outro saía em direção a Porto União”, comenta. No domingo, a Estação Marcílio Dias ficava lotada de pessoas que queriam ver o trem passar, por volta das 17h.
As estações que funcionavam entre Canoinhas e Porto União, quando Luis começou trabalhar na Rede, eram as de Marcílio Dias, Paula Pereira, Paciência Jararaca (hoje conhecida como Estação Paciência), Felipe Schimidt, Valões (atual Irineópolis), Lança e Porto União.
Luis e a mulher, Rosemari Burzy, muitas vezes andavam de trem com os vales-transporte fornecidos pela Rede. “Antes de pegar o passe, em Porto União, precisava pagar. De Santa Leocádia a Porto União a passagem custava Cr$ 1,50”, conta. Certa vez, Luis iria da localidade de Santa Leocádia a Porto União. No entanto, o cobrador do trem decidiu cobrar na próxima estação – na localidade de Lança – o valor da viagem completa, desde Santa Leocádia. “Não quis pagar. Só pagaria a partir de Lança, pois senão o cobrador ficaria com a diferença para ele”, diz Luis. Em cada estação existia um controle de passagens para repassar o valor ao Governo. A passagem deveria ser cobrada na estação de embarque ou, então, o valor corresponderia ao local em que o trem estava no momento da cobrança.
Rosemari afirma que o trem era separado em duas classes. “Na primeira, as poltronas eram estofadas. A segunda classe tinha os bancos de madeira.” Segundo ela, dentro do trem eram vendidos pastéis, maçãs, balas, pipoca e cerveja.
Misto desigual
Em 1978, o trem exclusivo de passageiros foi extinto. Entrou o trem misto, máquina com mais de 20 vagões de carga e apenas três vagões para passageiros. O transporte, que era diário, passou a ser três vezes por semana.
A mudança de Rosemari e Luis, de Santa Leocádia para Porto União, foi em um trem. A casa em que moravam era como um barracão. Pertencia à Rede e era dividida para quatro famílias. Os Burzy ficaram com uma das partes centrais.
Quando decidiram morar em Marcílio Dias, há 25 anos, a mudança também foi carregada em um trem. “Um vagão cargueiro. Toda a nossa mudança veio de trem”, recorda Rosemari.
Luis comenta que as estradas eram muito ruins e, por isso, a linha era muito utilizada. Para andar pelos vilarejos, faisqueiros e velas eram utilizados para encontrar o carreiro.
Cada vagão cargueiro carregava cerca de 70 toneladas. Luis afirma que algumas vezes passaram máquinas com cem vagões. Ele acredita que esse é o motivo das péssimas condições das rodovias da região. “Agora, imagine toda essa carga nos asfaltos.”
Fracasso
Os ferroviários ganhavam bem. Rosemari concorda com Luis, que concorda com Nelson, que concorda com a opinião pública. Meia hora extra de trabalho valia uma hora completa. Além dos benefícios, como convênio médico, ticket alimentação, direito a empregada doméstica, uma gratificação por número de filhos (proposto pela Rede) e o abono (estipulado em Lei).
Luis fica emocionado quando se lembra do dia em que não precisou mais trabalhar na ferrovia. “Chegamos pra trabalhar e tinha apenas um bilhete dizendo que não precisavam mais de nós na linha.”
O ex-ferroviário quase enlouqueceu. Não sabia trabalhar em outra coisa. Aposentou-se por tempo de serviço e era motivo de maus comentários por isso. “Ele não queria sair de casa porque achava que as pessoas o chamariam de vagabundo”, explica a mulher. “Mas ele tinha que sair de cabeça erguida.”
Quando a linha privatizou, Nelson já recebia cinco salários trabalhando como mestre de linha. Segundo ele, no dia 1º de março de 1997, os trabalhadores foram registrados pela empresa Atlântico, que assumiu imediatamente a malha ferroviária. Dois dias depois, todos foram demitidos. “A Rede não podia mandar ninguém embora porque tinha gente com 15 anos de trabalho na companhia. Imaginamos que o salário cairia com a privatização, mas continuaríamos na linha. Não ficou ninguém.”
Para Nelson, o fracasso da ferrovia é responsabilidade do ministro dos Transportes da época. “A Rede cobrava muito pela estadia do trem parado. O problema é que uma composição de vagões vazios ficava afastada, parada em Mafra ou Porto União, para ganhar a estadia”, afirma. Ele conta que as empresas cancelaram aos poucos o contrato com a Rede. Segundo o mestre de linha aposentado, esse é o motivo da privatização. “Não devia ser fechada a linha, pois teve muito investimento do Governo para construção dos trilhos. O traço está feito. Só falta manutenção.”
Assim como Nelson, o casal Burzy também tem esperança que a linha férrea entre Mafra e Porto União seja reativada.
Nelson com a esposa Nanci. |
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Nelson com os colegas de trabalho, no túnel da localidade de General Osório, Mafra, quando ainda trabalhava na rede. Neste túnel havia tombado vários vagões carregados com álcool. |
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Nelson com colegas de trabalho e máquina que chamavam de motor. |
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Nelson na ponte de ferro em Jaraguá. |
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Com a família em frente a maria-fumaça, em Três Barras em 1995. |
Seu Nelson e dona Nanci em visita ao túnel em 15-11-2012, para recordar os velhos tempos. |
Interior do túnel que tem 285 metros de comprimento. |
É assim que se encontra o túnel agora. Foi construído em 1912. |
Texto de Fábio Rodrigues, publicado na Revista Cobaia do Curso de Jornalismo do Centro
Universitário de União da Vitória.
Fábio Rodrigues está no 8º semestre do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, pelo Centro Universitário de União da Vitória. Na faculdade, descobriu o gosto pela leitura. Aprecia boas histórias e gosta de escrevê-las. Percebeu sua paixão pelo jornalismo literário e uniu à vontade de contar a história da vila de Marcílio Dias. O livro, para o Trabalho de Conclusão de Curso, está em fase de conclusão.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Finados
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"O tempo, a saudade e a distância, jamais apagarão a imagem daquele ente querido que só nos trouxe alegrias." |
Mensagem no jazido de Bernardo Olsen, falecido em 1936 e Maria Olsen, falecida em 1935. |
Imagens de hoje. |
O cemitério de Marcílio Dias foi fundado em 1919. A seguir fotos de túmulos
antigos que ainda se encontram no cemitério.
Túmulo de Agnes Clara Hauffe. Faleceu em 1925. Escrita em alemão no túmulo: Hier ruth in frieden |
Alberto Jacobi-1921 e Otília Jacobi-1952. |
Augusto Neerberg Junior ,assassinado em 1927 pelo bando do Coronel Fabrício Vieira, num ataque a vila e a estação de Marcílio Dias. |
Carl Coerdt-1926. |
Elisabeth Gostemeier e Joa Goestmeier-1922 |
Luis Goestemeier-1933. |
Escrita em alemão: Hier ruht Túmulo de Eugen Friederich Voigt-1930. |
Erich Nornberg-1933. |
Augusto Blank-1940. |
Franz Gostemeier-1933. |
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