segunda-feira, 11 de abril de 2016

Projeto “Encontro Marcado”, um marco literário em nossa vila. (II)

Projeto “Encontro Marcado”,
um marco literário em nossa vila. (II)
Sorrisos na escadaria à entrada do Salão Metzger receberam Amilcar Neves.
Sorrisos de Amilcar Neves ao ver estampado o seu retrato nas camisetas dos que sorridentes o recepcionavam.
E Amilcar Neves foi entronizado, sob aplausos e músicas, em um salão repleto de estudantes e professores da Escola “Manoel da Silva Quadros” e da sua extensão de Rio do Pinho.
E Amilcar falou aos estudantes do alto de um palco decorado com esmero.
E naquele palco muitas histórias foram contadas. Histórias da vila e do povo da vila de Marcílio Dias. Para muitos ouvidos atentos. Para os ouvidos atentos do escritor Amilcar Neves.
Música, fina música, bela música de bem afinados violinos ecoava para o deleite de almas amantes do clássico e do popular bem temperado.
Poemas encheram o ar, poemas declamados exuberantemente.
Cartazes espalhados pelas paredes do salão com a arte delineada pelos estudantes em torno das obras de Amilcar. Em desenhos. Em poemas.
E Amilcar a tudo olhando, a tudo lendo, a tudo admirando com carinho; extasiando-se com o que via, com o que ouvia.
O necessário intervalo para um almoço no Restaurante da Tia Beti interrompeu aquele devaneio todo.
E então outro deslumbramento tomou conta do escritor. A visita à Escola “Manoel da Silva Quadros” e o acervo de sua biblioteca.
Uma biblioteca escolar que remonta ao tempo da antiga Escola São Bernardo. Com livros daquela época ainda em suas estantes.
Depois a visita ao casarão dos Olsen com suas antiguidades preservadas.
E uma visita à velha serraria e às decadentes construções da estrada de ferro onde nada preservado foi.
Mas muito de arte havia ainda para ser mostrado ao ilustre homenageado.
Foi emocionante vê-lo extasiar-se ante as apresentações de seus contos transformados em teatro pelos estudantes. Senti que as emoções dele chegaram ao auge e percebi que seus olhos brilhavam marejados de lágrimas.
Entre as colunas do salão montados foram os cenários onde estudantes-artistas interpretaram marcantes personagens dos contos de Amilcar.
Cada cenário com requintes de profissionalismo. Cada história mostrada com arte e esmero.
Foi um todo sem mácula o que as mestras e os mestres da Escola “Manoel da Silva Quadros” de Marcílio Dias e de sua extensão de Rio de Pinho prepararam ao decalcar a obra de Amilcar Neves. E mais, muito mais, muito além foi feito.
Mesmo sabendo do empenho de todo o corpo docente das duas escolas, cito apenas os nomes que agora recordo e que deram um brilho ímpar àquele primeiro Encontro Marcado, àquele primeiro dia de um marco literário em nossa vila. Lá estavam, cansadas, mas felizes e sorridentes Marilde Salomon Ruppel, Sueli Brzozowski, Maria de Fátima Neizer dos Santos, Estela Maris do Prado Missel, Andréia Hoeppers e Arnaldo Mews.
Naquela tarde Amilcar, com a maior solicitude, atendeu aos jornalistas e radialistas que lá se fizeram presentes para entrevistá-lo.
E antes que a noite chegasse para que se saboreasse o famoso “Porco à paraguaia” elaborado pelo Chef Egon Ruppel, nas dependências do Clube dos Veteranos, o Clube Atlético Marcílio Dias, houve tempo para Amilcar conhecer o Colégio Agrícola “Vidal Ramos”, o nosso velho Campo de Trigo e a Cervejaria Canoinhense, ainda com o senhor Ruprecht Loefler servindo o seu famoso chopinho.
Foram tão marcantes as impressões que Amilcar levou, tanto da Escola “Manoel da Silva Quadros” e da Extensão do Rio do Pinho, como também de nossa vila, que as eternizou em uma crônica em sua página no Diário Catarinense.
Texto de Adair Dittrich
Escritor Amílcar Neves.

Professora Marilde com alunas lendo o livro de Amílcar Neves.

Escritor Amílcar Neves, Dra Adair Dittrich, diretora, professores e alunos
da Escola Manoel em frente ao Bar do Coringa.

Outras imagens: http://manoeldasilvaquadros.blogspot.com.br/2016_03_03_archive.html

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