Quando meu
pai, Adolpho Dittrich, chegou a Marcílio Dias para exercer as suas funções como
ferroviário de carreira da Rede Viação Paraná - Santa Catarina, a RVPSC, há
muitos anos já lá instalado estava o Restaurante da Estação, construído por
meus avós maternos Pedro e Tereza Gobbi. Insisto nesta colocação a fim de
dirimir certas dúvidas que, parece-me, estariam ocorrendo sobre a história de
minha família e sobre quem de fato construiu aquele prédio hoje na mais
abominável das deteriorações.
Meu pai era natural da cidade da
Lapa, no Paraná, a cidade do legendário cerco à época da famosa Revolução
Federalista. Meu avô paterno, Antonio Dittrich, era austríaco, de Viena,
segundo conta minha prima escritora, Aline Dittrich Zappa, em seu livro
“Retratos”. (*)
Antonio Dittrich nasceu a 10 de
janeiro de 1865. Foi aprendiz de padeiro e também tocava violino. Mas, a fim de
comprar a passagem de navio que o traria ao Brasil, vendeu seu querido
instrumento de cordas. Veio com mais um irmão que se estabeleceu aqui em nosso
catarinense estado. Tinha então apenas dezoito anos.
Nos arredores da Lapa, na zona rural
vovô Antonio Dittrich tinha uma chácara onde maragatos se instalaram por
ocasião da Revolução Federalista, acabando com a criação e todo o estoque de
comida que havia, com ele e minha avó Luiza dos Santos Dittrich, servindo ainda
de cozinheiros para esta tropa.
Vovô da Lapa, como nós o chamávamos,
montara uma fábrica de cerveja, ficando famoso pelo sabor de suas bebidas,
tanto da saborosa loura e de uma outra escura, como também das gasosas que
elaborava.
Entre outras tantas coisas,
colaborou na fundação do Clube Teuto-Brasileiro e um local para danças também.
Tiveram catorze filhos. Mas um não
sobreviveu. E do qual o nome não sei.
Meu pai era o segundo filho. Antes
dele nasceu Tia Rosa que foi casada com Fernando Weinhardt da Silveira. Depois
vieram Jorge, casado com dona Jesus, Guilhermina, conhecida por Mina, casada
com Santiago, José, casado com Thalia, Luiz, Alfredo, Tharcilla, casada com
Augusto Zappa, Antônio, casado com Adelaide e os últimos, Leocádio, Conrado,
Juliano e a caçula Priscilla, casada com Ribas.
Nesta foto está meu avô Antônio Dittrich,
com a caçula no colo, vovó Luiza dos Santos Dittrich e todos os filhos. Meu pai,
nesta foto, lembra muito meu irmão Aldo.
“Retratos”
Autora: Aline
Dittrich Zappa, Professora e escritora.
Juruá
Editora/ 2003.
Faltou Tio Bruno para completar os 14.
ResponderExcluirValeu Adaír! Muito Feliz por saber mais da nossa família. Frederico Filho de Leocádio.
ResponderExcluirBacana! Também gostei de saber um pouco mais sobre meu bisavô :)
ResponderExcluirMeu nome é Nilce Dittrich, sou de Curitiba.
ResponderExcluirAmo ouvir histórias dos meus antepassados.
Meu pai, Antonio Augusto Dittrich, unico filho de Conrado Dittrich (Olga Renaud) o qual ele nao chegou a conhecer, pois morreu quando ele ainda era bebê, mas conta todas as histórias da família, da cervejaria, da Lapa, até hoje... Amo demais.