Com esta imagem singela, da meia noite em Marcílio Dias, desejo a todos os leitores deste blog um 2018 cheio de paz, saúde e felicidades!
Povoado mais antigo de Canoinhas, foi colonizado por alemães. Nele ainda nota-se a presença de arquitetura em madeira e no estilo enxaimel. Era conhecido como a Capital da Manteiga, em função da produção de manteiga e derivados do leite por vários proprietários que possuiam rebanhos bovinos da raça holandesa.
domingo, 31 de dezembro de 2017
sábado, 30 de dezembro de 2017
Imagens do sábado
Ciclistas realizam passeio pelas ruas de nossa vila.
Em frente ao antigo restaurante da estação. Ciclistas da mesma família. |
Evaldo Carvalho de Joinville, Carolina Carvalho, Regis Schadeck, Mozara Carvalho Schadeck e Adriana Carvalho de Joinville. |
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
Aluno do pré-escolar do Cei Mario Edson de Aguiar é premiado
O aluno Erick Matheus Moreira Pereira, do CEI Mário Edson de Aguiar foi premiado pela Secretaria da Educação de Canoinhas. De acordo com o secretário da Educação, Osmar Oleskovicz, os estudantes passaram por uma seleção interna nas escolas onde foram escolhidos os destaques nas categorias livro/prosa. Na fase municipal, a seleção foi realizada por meio de uma comissão que analisou os resumos que deveriam conter o título da obra, nome do autor, número de páginas, data do resumo e apreciação da obra.
A entrega da homenagem aos alunos do pré ao nono ano, funcionários e alunos da inclusão, foi realizada na sexta-feira, 8, no auditório da Escola Básica Aroldo Carneiro de Carvalho. Alunos e professores do Concurso Leitor Destaque do Projeto Leia Canoinhas ganharam uma viagem para Curitiba.
Erick Matheus. |
Formatura: Protetor Ambiental
Dia 15 deste mês, aconteceu a formatura da turma de Protetores Ambientais da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) do município de Canoinhas, da Escola Manoel da Silva Quadros em Marcilio Dias, que completou em 2017 seus 100 anos de existência. A solenidade aconteceu no auditório da Universidade do Contestado -
UnC e contou com a participação do comandante da 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental em Canoinhas, Major PM Christopher Rudolf Froehner, dos monitores do Programa Protetor Ambiental, Sargento PM Joriel, Sargento PM Régis, Cabo PM Moreschi e Cabo PM Rosilene. Também fizeram presentes o senhor Deputado Estadual Antonio Mauro Rodrigues de Aguiar, a Gerente da FATMA de Canoinhas senhora Francine Nader, a diretora do colégio, bem como familiares e convidados. Na ocasião, foram formados 18 Protetores Ambientais que firmaram compromisso em adotar as práticas de proteção e salvaguarda dos recursos naturais assimiladas no curso, zelando pelo meio ambiente equilibrado e servindo de difusores das ideias conservacionistas, e das normas que tutelam o bem ambiental. O curso de protetores ambientais teve seu início maio de 2017 e sua conclusão em dezembro desse ano. Neste período os formandos receberam aulas teóricas e práticas que envolveram conteúdo programático nos seguintes temas: histórico da polícia militar e polícia militar ambiental, ecologia, recursos hídricos, gestão de resíduos, gestão de flora, gestão de fauna, unidades de conservação, e atividades extracurriculares. Além disso, foram trabalhados em regime transversal de ensino, aspectos regionais, culturais, de cidadania, civismo e ética. No evento, foram entregues os certificados aos formandos e também foram homenageados os instrutores e os demais colaboradores que não mediram esforços para formar essa turma de 18 Protetores Ambientais. (Facebook Polícia Ambiental de Canoinhas)
UnC e contou com a participação do comandante da 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental em Canoinhas, Major PM Christopher Rudolf Froehner, dos monitores do Programa Protetor Ambiental, Sargento PM Joriel, Sargento PM Régis, Cabo PM Moreschi e Cabo PM Rosilene. Também fizeram presentes o senhor Deputado Estadual Antonio Mauro Rodrigues de Aguiar, a Gerente da FATMA de Canoinhas senhora Francine Nader, a diretora do colégio, bem como familiares e convidados. Na ocasião, foram formados 18 Protetores Ambientais que firmaram compromisso em adotar as práticas de proteção e salvaguarda dos recursos naturais assimiladas no curso, zelando pelo meio ambiente equilibrado e servindo de difusores das ideias conservacionistas, e das normas que tutelam o bem ambiental. O curso de protetores ambientais teve seu início maio de 2017 e sua conclusão em dezembro desse ano. Neste período os formandos receberam aulas teóricas e práticas que envolveram conteúdo programático nos seguintes temas: histórico da polícia militar e polícia militar ambiental, ecologia, recursos hídricos, gestão de resíduos, gestão de flora, gestão de fauna, unidades de conservação, e atividades extracurriculares. Além disso, foram trabalhados em regime transversal de ensino, aspectos regionais, culturais, de cidadania, civismo e ética. No evento, foram entregues os certificados aos formandos e também foram homenageados os instrutores e os demais colaboradores que não mediram esforços para formar essa turma de 18 Protetores Ambientais. (Facebook Polícia Ambiental de Canoinhas)
Fotos: Fátima Santos
Outras fotos: https://www.facebook.com/eebmanoel.silvaquadros.7?hc_ref=ARTIcLwKB-V2P4-Hh9nNhkWq1TjLdCyC3movK_cbFm1AUdR0U4Lvz_uUuLu-WCtkoUg&pnref=story
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
Um Natal Inesquecível - por Adair Dittrich
São tantas, e tão profundamente enraizadas na alma, as lembranças dos mais ternos Natais passados com minha família. Foram muitas as noites felizes de Natal em que, juntos, cantamos “Noite Feliz”.
Natais da infância, natais do adolescer. Natais do agora. Mas, existe um Natal, que indelével ficou, gravado a fogo, escrito com diamante, no compacto e duro vidro da memória. Foi um Natal que, mesmo quando apenas poucos neurônios sobrarem em meu cérebro, mesmo quando apenas gastos neurônios sobrarem em meu cérebro será ele a única lembrança viva de quantos natais eu tenha vivido.
Não importa o ano. Não me lembro se era um dia de verão com muito sol ou se era nevoento, se era intenso o calor ou se fazia frio. Lembro-me do clima e da atmosfera em minha casa e de tudo o que o envolveu. Era Natal. Era véspera de Natal. Era o nosso Dia Mágico.
E já no raiar do dia os meus irmãos e sobrinhos mais velhos saiam rumo à floresta para buscar aquele Pinheirinho de Natal que já há dias havia sido escolhido e marcado. Chegavam com ele às costas, cansados, sorridentes e cantando Noite Feliz.
Colocavam-no dentro de um imenso latão arredondado, firmando-o com terra úmida e bem socada na tentativa de deixá-lo ereto e soberbo na vertical, sem risco de tombar. Era sempre uma árvore muito alta, bem copada e com os galhos inferiores imensos e largos formando uma verde saia arredondada.
Devido à sua altura, necessário também era fixá-lo com quase invisíveis fios de náilon que ficavam presos em pequenos ganchos nas paredes laterais. A copa quase chegava ao teto da casa. A bela árvore ali, frondosa e altaneira, com mais de quatro metros de altura que era a medida do assoalho ao teto.
E então os enfeites começavam a ser colocados. Bolas coloridas e brilhantes de vários tamanhos. Eram esmeraldas e rubis, topázios e safiras, ouro e prata em meio à neve do branco algodão desfiado e esparramado em flocos, que, de galho em galho escorria da copa ao chão. Luzes coloridas o contornavam, emanadas de pequenas lâmpadas de intermitente piscar. Atapetando-o, a verde-musgo-cinza barba-de-velho colhida das árvores da mata vizinha.
E ao lado, na lareira, o presépio. O presépio amado e armado por minha mãe. Um presépio completo, que, além de José, da Virgem e do Menino, tinha ainda as brancas ovelhinhas, os pastores, a vaca e o burrico, a estrela-guia e o Anjo de luz e bem mais ao fundo, bem longe ainda, a caminho, os três Reis Magos. O Presépio amado de minha mãe que, embevecida, ficava a olhá-lo com olhos carregados de lágrimas emocionadas.
Enquanto alguns decoravam a árvore, minha mãe e minha irmã ficavam na azáfama da culinária preparando as deliciosas iguarias da ceia de Natal.
Tudo naquele dia deslizando maravilhosamente. Parecia que os anjos estavam todos cuidando para que nenhuma emergência aparecesse no Hospital e eu ia me deixando estar em casa, ouvindo as clássicas melodias natalinas, arrumando os presentes, olhando os detalhes…
… a noite chegando… mesa posta para a ceia… a base do pinheirinho de natal repleta já de pacotes e caixas de múltiplas cores e formatos…o aroma da comida invadindo a casa…
… e o telefone toca ao escurecer da Noite de Natal…
… chegara ao Hospital, de uma cidade não tão vizinha nossa,… uma emergência…
E lá fui eu anestesiar uma paciente em estado gravíssimo que precisava de uma cirurgia. Na sala de cirurgia já se encontrava o amigo médico Antoninho Seleme. E logo chegaria o Dr. Oswaldo Segundo de Oliveira para completar a equipe.
E as horas passando. O caso era gravíssimo. Necessidade de transfusão de sangue. De plasma. De medicação emergencial para tirar a paciente do choque que já era de dupla causa. E uma cirurgia melindrosa, difícil.
Enfim tudo acabara. Paciente estável. Fomos todos para o aconchego natalino junto às nossas famílias.
O relógio da Matriz com seus ponteiros quase juntos, como se estivesse fazendo uma prece pela chegada do Menino Jesus e pronto para sonar as doze badaladas da Meia Noite.
Fiz em poucos minutos o caminho, em estrada de chão batido, que me levava do Hospital à minha vila. Encontro tudo em quietude total. A casa às escuras. Acesas apenas, e piscando, as pequenas luzes coloridas da varanda e das árvores do jardim.
Entro em silêncio que era para não acordar quem descansava e não assustar os pequenos que dormiam. Entro pela área de serviço onde já vou deixando a contaminada roupa, pego uma toalha limpa e vou para debaixo do chuveiro a fim de um banho de corpo inteiro, um banho que lavasse também minha alma triste por haver perdido a Festa da Noite de Natal.
Enrolada na toalha, pé-ante-pé, passo pela cozinha e percebo as panelas, no fogão, intocadas, as formas com os assados, no forno, ainda inteiros. Vou até a sala para procurar meu presente. E encontro o pinheirinho com suas faiscantes luzes acesas e sob ele todos os presentes, não só o meu, e a mesa para a ceia ainda arrumada como eu a deixara.
E, de repente, como num passe de mágica, as luzes da casa toda se acendem e de todas as partes surgem todos, minha mãe, meus irmãos, os sobrinhos com seus filhos pequenos, todos sorrindo e cantando Noite feliz e só ouço então a voz de minha mãe:“Suba rápido e se arrume depressa que estão todos com fome e ansiosos para abrir os presentes de Natal”.
Meus olhos ainda ficam encharcados de lágrimas ao me lembrar daquela Noite de Natal.
Emoção que me invade a alma ao me lembrar de minha família, que, pacientemente, esperou eu retornar para casa, naquela santa noite, para, só então, abrir os presentes e participar da ceia e das comemorações de um mágico Natal!
Texto publicado com autorização da autora. Proibida qualquer reprodução parcial ou total. Direitos autorais reservados.
Petronilla Dittrich, a dona Nena com os filhos. |
domingo, 24 de dezembro de 2017
Feliz Natal!
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Boa noite !
"Não tente forçar. Deixe a vida fluir. Veja os milhões de botões de flores que a Existência abre todos dias sem fazer força alguma."
Osho
Osho
Como surgiu a ideia de se construir um Hospital em Canoinhas.
Nas décadas de 1910 e 1920, Dona Thereza Gobbi era dona de um hotelzinho, o Hotel Gobbi, perto da estação ferroviária de Marcílio Dias, cujo nome, naquele tempo, era Canoinhas.
Ficava quase às margens da linha ferroviária e atendia ao pessoal dos trens, fornecendo-lhes marmitas. E, assim, ela se tornou popular naquela freguesia.
Certo dia ocorreu um acidente com um guarda-freios de um trem de carga. Ele ficou muito machucado, necessitando ser hospitalizado. Como sempre, muito prestativa, sabendo do sucedido, Dona Thereza correu em seu auxílio, juntamente com seu filho Pedro e demais pessoas. Mas, como havia carência de tudo para o socorro, em toda a redondeza, ela improvisou uma maca, feita de lençóis e o acidentado foi transportado para Curitiba em um trem de carga, levando um dia inteiro de viagem.
Surgiu então a ideia, proposta por seu filho Pedro de que se fizesse uma campanha para a construção de um hospital, pois, condoeu-se muito ante a visão de tão lamentável ocorrência e tanta falta de recursos para minorá-las.
Dona Thereza, apoiando a ideia do filho, levou avante seus propósitos. Transmitiu seu intento ao Dr. Oswaldo de Oliveira, conceituado e conhecido médico da localidade, que, acolheu a ideia com grande satisfação, dando-lhe todo o apoio necessário.
Dirigiu-se às autoridades para solicitar-lhes apoio, como, também, ao povo em geral e através da comunicação de pessoa a pessoa, convocaram-se reuniões e uma diretoria foi organizada. E o "pontapé" inicial foi dado.
Dona Thereza, com a vasta relação de amizade que conquistara em Curitiba, quando moradora daquela cidade, angariou prendas valiosas e, com o auxílio de um grupo de senhoras, conseguiu realizar a primeira festa em prol da construção do hospital. Inclusive doou todas as suas joias de família que trouxera com ela da Itália.
Angariavam donativos em toda a redondeza. Havia muitas voluntárias, abnegadas,
dedicadas, suportando canseiras, humilhações e chacotas, como soe acontecer em atividades deste gênero. Não esmoreceram, porém. Arrecadou-se uma boa quantia, falando-se em mais ou menos "Oito Contos de Reis". Mas, as coisas eram diferentes das coisas de hoje em dia e, não se sabe como, o montante arrecadado encolheu e para nada serviu.
Por longo período a campanha estacionou. Foi uma ducha fria em todo aquele entusiasmo.
Dona Thereza, após a morte de seu filho Pedro, com 28 anos de idade, em 1931, querendo prestar-lhe uma homenagem e com o entusiasmo que lhe era peculiar, reacendeu a campanha.
Iniciaram-se as festas e os donativos. Os abnegados de bom coração manifestaram-se e começou-se da estaca zero.
Organizaram-se festas, inclusive em Três Barras e Marcílio Dias.
Dona Thereza, através de seu guarda-livros, Sr. Alfredo Lepper, de saudosa memória, redigia cartas a importantes industriais de São Paulo, entre eles ao Conde Francesco Matarazzo, conseguindo importantes e valiosos donativos, inclusive ações, e também tecidos com os quais ela confeccionou os primeiros lençóis do Hospital Santa Cruz.
Tendo conseguido a importância necessária, iniciaram-se as obras para erguer o nosso primeiro hospital. O terreno fora doado pelo Sr. Victor Soares de Carvalho, de saudosa memória e que Deus o recompense por tanta caridade, abnegação e desprendimento.
Muita gente lutou e batalhou para que se tornasse realidade este sonho. Não há como citar os nomes de todas e de todos, mas Deus em sua onisciência saberá recompensá-los devidamente.
E Canoinhas deve seu reconhecimento a todos, não se esquecendo do enorme benefício que já trouxe a tantos necessitados, minorando os seus sofrimentos e trazendo-lhes esperanças.